sábado, 24 de janeiro de 2009

Adeus Ribalta

Sete dias se passaram desde a ultima vez que eu estive aí, sete dias tristes, sete dias sem graça, sete dias chorando pela despedida de um dos grandes amores da minha vida.
Gostaria que essa despedida não tivesse acontecido, ela foi dolorosa demais, triste. Eu queria que nada tivesse acontecido, nada deveria ter mudado, mas tudo mudou.
Nos mudamos, você mudou, o único que continuou o mesmo foi o nosso lugar.
Pra onde foi parar aquela alegria de dois anos atrás? Onde foi aquele amor e respeito que sentíamos um pelo outro? No final nos apenas estávamos atuando, não estávamos felizes, mas mesmo assim tínhamos o sorriso na boca. Você exigia demais da gente, nos esperávamos demais de você, as coisas não funcionavam mais. O dinheiro não ajudava, nos atrapalhávamos, não estávamos nem aí pra peça, o único que se importava era você.
Eu nunca irei esquecer o que aconteceu sete dias atrás, nunca irei esquecer esse dia, o dia que eu dei adeus pra um grande amor, o dia que eu vi minha tia dar adeus a sua grande paixão, o dia que eu vi meu amado diretor chorar, o dia que eu vi minha eterna bixa alegre calada, a primeira vez que eu chorei ao ler uma peça e precisei de um ombro amigo, mas eu não tive esse ombro, fiquei sozinha deitada no jardim botânico, meu único amigo naquela hora foi meu eterno cigarro.
Sete dias se passaram e eu ainda choro ao relembrar esses últimos minutos.
Sete dias se passaram da despedida de “Adeus Ribalta”, foi realmente o adeus de todos nos.